Trabalhadores da fábrica de Jacareí seguem realizando protestos para tentar reverter a medida.
Com a decisão do grupo Caoa Chery de demitir 485 funcionários e manter a fábrica de Jacareí (SP) fechada por três anos, trabalhadores da unidade seguem realizando protestos para tentar reverter a medida.
Na última quarta-feira (18), um grupo deles fez uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde ocorria uma audiência pública para discutir a desindustrialização no Estado.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região chegou a anunciar, na semana passada, que a empresa havia concordado em realizar um programa de lay-off (suspensão temporária de contratos) por cinco meses e conceder mais três de estabilidade, mas depois teria voltado atrás e manteve os cortes.
Em nota, a Caoa Chery informou que não aceitou a suspensão dos contratos, pois a legislação estabelece a medida quando há previsão de retomada da produção no curto prazo, o que não é seu caso.
Segundo o grupo, a intenção é manter a unidade fechada até 2025, período em que a fábrica será preparada para produzir apenas modelos híbridos e elétricos.
Ao todo, a planta de Jacareí emprega 627 funcionários e serão mantidos apenas os das áreas administrativas.
Para os que serão demitidos, a empresa oferece indenização adicional à rescisão — serão 15 salários para quem tem mais de cinco anos de empresa, dez para quem tem de dois a cinco anos e sete para aqueles com até dois anos de contrato.
Em todas as propostas, o teto salarial é de R$ 5 mil, ou seja, quem tem mais de cinco anos de casa receberia adicional de R$ 75 mil.
FONTE: https://www.cnnbrasil.com.br/business/caoa-chery-mantem-demissao-de-485-funcionarios-e-oferece-ate-15-salarios-de-bonus/