Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) avançou 1,4 ponto entre março e abril, de 55,4 pontos para 56,8 pontos
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), subiu de 55,4 pontos em março para 56,8 pontos em abril.
Com o resultado, a confiança do setor industrial reverteu o quadro negativo que vinha de queda de 1,3 ponto no primeiro trimestre deste ano.
Esta é a primeira vez no ano que o índice avança, após uma sequência de três recuos.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) é composto pela média de dois indicadores: o Índice Condições Atuais e o Índice de Expectativas Futuras.
Segundo a CNI, o indicador de condições atuais estava se afastando dos 50 pontos e caminhando para baixo, mas com a divulgação de abril ele volta a ficar muito próximo de 50 pontos, chegando a 49,9 pontos.
Já o Índice de Expectativas avançou 1,6 ponto e chegou a 60,2 pontos. O indicador sinaliza expectativas mais otimistas da indústria em relação aos próximos seis meses.
Vale ressaltar que o ICEI varia de 0 a 100 e tem uma linha de corte em 50 pontos, sendo que todo valor acima indica confiança e abaixo falta de confiança. Para a nova pesquisa, foram entrevistadas 1459 empresas, sendo 564 pequenas, 577 médias e 318 grandes, entre 1º e 7 de abril de 2022.
O gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que o indicador positivo pode ser explicado pela mudança na visão dos empresários sobre o momento da economia atual.
A mudança vem apesar de um cenário ainda incerto no Brasil e no mundo, de juros em alta e escalada da inflação.
“Por estar muito próximo da linha divisória dos 50 pontos, o indicador mostra uma percepção neutra das condições atuais em relação aos seis meses passados, ao contrário do que vinha ocorrendo desde o início no ano, quando a visão era mais negativa”, analisou.
Ao CNN Brasil Business, Azevedo disse ainda que a melhora no indicador ocorre em um momento em que as empresas já não possuem mais tantas medidas restritivas em razão da pandemia da Covid-19.
“Logo após o início deste ano, as restrições nas empresas foram afrouxando, e isso é sentido pelo empresariado em relação às condições de trabalho, que é um dos componentes que move o ICEI”, afirmou.
Outro fator que pode ter contribuído para a alta no indicador foi o corte do governo de 25% sobre o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).